Papa reitera condenação à violência cometida em nome da religião
“É muito significativo que os responsáveis políticos e líderes
religiosos se encontrem e discutam entre si como combater a violência
cometida em nome da religião”. Declaração do Papa Francisco aos
participantes da conferência “Tackling violence committed in the name of
religion” (“Combater a violência cometida em nome da religião”, em
tradução livre), recebidos em audiência pelo Santo Padre nesta
sexta-feira, 2.
Em seu discurso aos presentes, o Papa recordou o que já disse em
várias circunstâncias, particularmente em sua viagem ao Egito, na
Conferência Internacional em Prol da Paz, em abril de 2017: “…é
imprescindível excluir qualquer absolutização que justifique formas de
violência. Com efeito, a violência é a negação de toda a religiosidade
autêntica”.
Francisco destacou que a violência em nome da religião deveria ser
condenada por todos e com especial convicção pelo homem autenticamente
religioso. Este sabe que Deus é somente bondade e Nele não há espaço
para ódio, rancor nem vingança. E os líderes religiosos, segundo o Papa,
são chamados a desmascarar qualquer tentativa de manipular Deus para
fins que nada têm a ver com Ele e Sua Glória.
O Santo Padre reforçou, portanto, a necessidade de empenho conjunto,
da parte de líderes políticos e responsáveis religiosos, bem como de
profissionais da educação e de formação, a fim de combater a violência
realizada em nome da religião.
“Isso ajudará quantos com boa vontade procuram Deus a encontrá-Lo
verdadeiramente, a encontrar Aquele que liberta do medo, do ódio e da
violência, que deseja servir-se da criatividade e das energias de cada
um para difundir o seu desígnio de amor e de paz dirigido a todos”.
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