Quer saber como eram celebradas as primeiras Missas?
Antes de ler o relato da Santa Missa, é
interessante saber um pouco da vida de quem o escreveu:
Quem foi São Justino?
Justino nasceu na Palestina, na cidade de Siquém,
em uma família que não conheceu Jesus. Ele buscou com empenho, em toda sua
vida, alcançar a verdade. Ele tinha essa sede e, providencialmente, pôs em sua
vida um ancião que se aproximou dele para falar sobre a filosofia. E ele
apresentou o ‘algo mais’ que faltava a Justino. Falou dos profetas, da fé, da
verdade, do mistério de Deus e lhe apresentou Jesus Cristo.
Justino se tornou um grande filósofo cristão,
sacerdote, um homem que buscou corresponder, diariamente, à sua fé. Depois dos
padres apostólicos, ele foi intitulado como o primeiro padre santo. A Sagrada
Tradição foi muito testemunhada nos escritos deste santo.
Por inveja e por não aceitar a verdade, um filósofo
denunciou São Justino, que foi julgado injustamente, flagelado e, por não
renunciar a Jesus Cristo, foi decapitado.
A celebração da Eucaristia
A ninguém é permitido participar da Eucaristia, a
não ser aquele que, admitindo como verdadeiros os nossos ensinamentos e tendo
sido purificado pelo batismo para a remissão dos pecados e a regeneração, leve
uma vida como Cristo ensinou.
Não é pão ou vinho comum o que recebemos. Com
efeito, do mesmo modo como Jesus Cristo, nosso Salvador, se fez homem pela
Palavra de Deus e assumiu a carne e o sangue para a nossa salvação, também nos
foi ensinado que o alimento sobre o qual foi pronunciada a ação de graças, com
as mesmas palavras de Cristo e, depois de transformado, nutre nossa carne e
nosso sangue, é a própria carne e o sangue de Jesus que se encarnou.
Os apóstolos, em suas memórias que chamamos evangelhos,
transmitiram-nos a recomendação que Jesus lhes fizera. Tendo ele tomado o pão e
dado graças, disse: “Fazei isto em memória de mim. Isto é o meu corpo” (Lc
22,19; Mc 14,22); e tomando igualmente o cálice e dando graças, disse: “Este é
o meu sangue” (Mc 14,24), e os deu somente a eles. Desde então, nunca mais
deixamos de recordar essas coisas entre nós. Como que possuímos, socorremos a
todos os necessitados e estamos sempre unidos uns aos outros. E por todas as
coisas com que nos alimentamos, bendizemos o Criador do universo, por seu Filho
Jesus Cristo e pelo Espírito Santo.
No chamado dia do sol, reúnem-se, em um mesmo
lugar, todos os que moram nas cidades ou nos campos. Leem-se as memórias dos
apóstolos ou os escritos dos profetas, na medida em que o tempo permite.
Terminada a leitura, aquele que preside toma a
palavra para aconselhar e exortar os presentes à imitação de tão sublimes
ensinamentos.
Depois, levantamo-nos todos juntos e elevamos as
nossas preces; como já dissemos acima, ao acabarmos de rezar, apresentam-se
pão, vinho e água. Então, o que preside eleva ao céu, com todo o seu fervor,
preces e ações de graças, e o povo aclama: Amém. Em seguida, faz-se entre os
presentes a distribuição e a partilha dos alimentos que foram eucaristizados, que
são também enviados aos ausentes por meio dos diáconos.
Fonte: Canção Nova
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