Igreja em El Salvador convoca Ano Jubilar dos Mártires

Dom Oscar Arnulfo Romero foi canonizado em 12 de outubro de 2018

"Os mártires deram suas vidas e nos acompanham em nossa peregrinação de fé. Queremos ouvir sua voz e, ao mesmo tempo, queremos ecoá-la", dizem os bispos salvadorenhos na mensagem preparatória ao Ano Jubilar dos Mártires.
"O martírio é o maior testemunho de fé, porque reproduz fielmente Cristo, dando a própria
vida para que outros possam ter vida em abundância" (cf. Jo 10, 10). É o que sublinha a mensagem da Conferência Episcopal de El Salvador, em preparação ao Ano Jubilar dos Mártires, 40 anos após o martírio de São Oscar Arnulfo Romero.

Na mensagem são indicadas as datas em que os mártires nacionais serão celebrados: 12 de março, 43º aniversário do martírio do padre Rutilio Grande; 24 de março, 40º aniversário do martírio de São Oscar Arnulfo Romero; 14 de junho, 40º aniversário do martírio do padre Cosme Spessotto.

Já em 31 de julho, 1 e 2 de agosto, realiza-se a grande peregrinação a Ciudad Barrios, local de nascimento de São Oscar Arnulfo Romero, e o Congresso Nacional sobre os mártires.

"Os mártires deram suas vidas e nos acompanham em nossa peregrinação de fé. Queremos ouvir sua voz e, ao mesmo tempo, queremos ecoá-la. Portanto, como pastores, pedimos respeitosamente à Assembleia Parlamentar que promulgue uma autêntica "Lei de Reconciliação Nacional" para fazer justiça às vítimas, conhecer a verdade e definir compensações", afirmam os bispos.

Ao pedir justiça em favor da população, os bispos também pedem "um novo sistema de assistência aos aposentados" e a aprovação definitiva da "Lei Geral sobre a Água", que assegure a todos os cidadãos salvadorenhos o direito à água.

"A água é um bem público, portanto deve ser administrada somente pelo Estado", escrevem os bispos que convidam a população "a fazer uso do direito à participação democrática e a fazer ouvir sua voz nas redes sociais, enviando o maior número possível de mensagens aos deputados, solicitando que, de acordo com seu mandato constitucional, legislem sobre cada um dos pontos indicados, a favor do povo que os elegeu e em defesa dos direitos dos mais pobres”.

Por fim, os bispos expressam solidariedade com os migrantes e pedem respeito por seus direitos.

(CE - Agência Fides)

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