Poesia: Confuso





Pediu-me um abraço, disse eu que Não
Me pediu um beijo, disse-lhe Não.
Suplicou a mim,
aos prantos ajoelhou em meus pés
esperando que entoasse de minha boca um sim,
Mas, virei e lhe perguntei: Quem mesmo tu és?

Na esquina da rua, ela logo avistei
mudei o que caminho, mas os passos ela adiantou
de repente escutei gritos entoando meu nome.
Espera! Não foges de mim meu amor, ela gritava
Nos cantos das paredes, nos rios da cidade
e os desconhecidos, fizeram de verdade,
e ainda me pergunto: Quem és tu, que dizes que te amei?

Me dizes quem és tu!
Ao menos para que eu não fujas quando tu me gritares
Meus ouvidos estarrecidos estão
Minha consciência, tenta ti encontrar.
Mas como pode tu, querer meu amor,
se desconheço-te de todos meus anseios?

Tu que gritas quando veres
Mas fica em silencio, quando me aproximo.
Aflito estou eu, sem saber com quem falo
nem mesmo teu nome me dizes,
e agora quem mesmo tu és, o que queres?

Queres a mim, ou somente meus abraços!?
Queres beijos, ou ri de meus fracassos!?
Se queres minhas glorias, não posso oferecer-te
Es os meus pedaços, junta-os
Responde-me, pois, o teu silencio
Me matas, como matas o rio que corre
A sombra que traz o alivio
O sol que traz o calor.
Morro sem saber quem es tu.
Será tu que fará brotar o meu amor?!
Quem mesmo és tu?

Autor: Elsio Alves

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