Coimbra: Bispo convida à espiritualidade «num tempo muito marcado pelo materialismo»
D. Virgílio Antunes assinala importância da presença do Espírito Santo na vida das pessoas e Igreja
O
bispo de Coimbra na sua catequese de Natal realçou a importância da
espiritualidade “num tempo muito marcado pelo materialismo”, que
também está “dentro da própria Igreja e na vida dos cristãos”,
como se observa na quadra natalícia.
“Aquele
Natal da fé, do encontro com Deus, da oração familiar, das
relações fraternas conduzidas pelo Espírito de Deus, aquele Natal
do amor que vem do Alto, aquele Natal verdadeiramente espiritual, deu
lugar ao natal do materialismo, mesmo na nossa própria vida”,
disse ao grupo de adoradores do templo diocesano de oração pelas
vocações.
Na
catequese enviada à Agência ECCLESIA, D. Virgílio Antunes refere
que, em grande parte, se deixou de “valorizar aquilo que de mais
sério existe na identidade de cristãos a partir do batismo”.
enquanto membros da Igreja santa, que tem por vocação viver na
santidade.
“Estamos
a viver num tempo muito marcado pelo materialismo; mesmo dentro da
própria Igreja e na vida dos cristãos”, observou na igreja de São
Tiago, em Coimbra.
O
prelado alertou que se não for o Espírito Santo de Deus a
“conduzir”, “totalidade da vida”, as pessoas vão tornar-se
“religiosas, mas não cristãs”, porventura, “pessoas crentes
em algo, mas não crentes no Deus Santíssima Trindade”.
“Se,
nas nossas relações e atividades eclesiais e pastorais não nos
centramos na força do Espírito Santo de Deus, podemos tornar-nos
ativistas, mas sem a verdadeira alma que enche a totalidade do nosso
sermos cristãos e sermos comunidades cristãs”, desenvolveu.
D.
Virgílio Antunes recordou que um dos objetivos do Plano Pastoral
diocesano é a espiritualidade, caminharem “segundo o Espírito”,
porque “sem a presença viva e atuante do Espírito Santo de Deus
no coração de cada fiel, de cada comunidade e da própria Igreja”
são apenas uma organização semelhante a muitas outras.
“A
Igreja, enquanto Povo santo de Deus, tem esta identidade radical de
ser comunidade que vive e caminha no Espírito, que segue Jesus
Cristo salvador à luz do Espírito”, explicou.
O
bispo de Coimbra realçou que Jesus “deixou-se conduzir” pelo
Espírito “do primeiro ao último dia da sua vida terrena” e um
cristão, se quer caminhar como seu discípulo, tem também de
deixar-se conduzir, bem como uma comunidade cristã “se o quer ser
verdadeiramente”.
“O
lugar que o Espírito Santo de Deus teve na vida de Jesus terá que
ser o lugar que há de ter nas nossas vidas e na vida das nossas
comunidades”, sublinhou.
Na
igreja na baixa da cidade de Coimbra, o prelado realçou que esse
templo, como qualquer outro em qualquer parte do mundo, “é sempre
um sinal” do Povo que se constitui a partir do batismo.
“Fomos
convidados a viver como seu Templo, de tal maneira que da igreja -
templo/lugar/construção, passamos sempre à Igreja Povo de Deus
habitado pelo Espírito Santo, que tem essa grande vocação de
caminhar no Espírito para ser santa”, desenvolveu D.
Virgílio Antunes na catequese que vai ser publicada na integra,
esta quinta-feira, no Correio de Coimbra.
Fonte: Agência Ecclesia
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