Vaticano lança primeiro documento sobre o Esporte, tem como titulo: Dar o melhor de si
“Dar o melhor de si” é o nome do novo documento do Dicastério para os
Leigos, Família e Vida do Vaticano, publicado nesta sexta-feira, 1.
Apresentado pelo Cardeal Kevin Farrell, Prefeito do Dicastério, o
documento, que é o primeiro na história da Igreja dedicado ao esporte,
pretende ajudar atletas e equipes a entenderem a relação entre dar o
melhor de si no esporte e também na fé cristã.
Padre Alexandre Awi Mello, Secretário do Dicastério para os Leigos,
Família e a Vida, afirmou que documentos como esse, apresentado pelo
Dicastério, são pontos de diálogo da Igreja com a sociedade. “A Igreja
quer com este documento estimular a prática do esporte e os valores
esportivos que estão também presentes no evangelho. O Papa Francisco dá
tanta importância para o mundo do esporte, ele sempre manda mensagens
para os esportistas, (…) por isso o documento recolhe todas essas
informações não só do Papa, mas de todos os Papas anteriores, desde Pio
X”, contou.
“Assim temos a possibilidade de ajudar o mundo do esporte a cultivar
ainda mais os valores da Igreja, e a Igreja a estimular ainda mais a
Pastoral do Esporte e todos aqueles que, no âmbito eclesial, trabalham
com esportistas”, comentou o sacerdote.
Em carta divulgada pelo Vaticano, também nesta sexta-feira, 1, o Papa
Francisco manifestou alegria em receber a notícia da publicação do
documento que tem como título uma frase de sua autoria, dita aos jogadores de futebol e dirigentes do time “Villareal”, da Espanha, em fevereiro do ano passado, 2017.
O Santo Padre destacou na carta o importante papel da Igreja no mundo
do esporte e como o esporte pode ser um instrumento de encontro,
formação, missão e santificação. “A Igreja é chamada a ser sinal de
Jesus Cristo no mundo, também através do esporte praticado em oratórios,
paróquias, escolas e associações… Toda ocasião é boa para levar a
mensagem de Cristo”, frisou.
Francisco aproveitou a oportunidade para retomar o chamado a santidade,
tema de sua última exortação, Gaudete et exsultate. “Dar o melhor de si
no esporte também é um chamado para aspirar à santidade. Durante o
recente encontro com os jovens em preparação para o Sínodo dos Bispos,
expressei a convicção de que todos os jovens presentes lá fisicamente
ou através de redes sociais tinham o desejo e a esperança de dar o
melhor de si mesmos. Usei a mesma expressão na recente Exortação
Apostólica lembrando que o Senhor tem um modo único e específico de
chamar a santidade para cada um de nós”, afirmou.
O pontífice prosseguiu citando a necessidade humana de aprofundar e
estreitar a relação que existe entre o esporte e a vida: “O esforço para
se superar em uma disciplina atlética também serve como um estímulo
para sempre melhorar como pessoa em todos os aspectos da vida. Essa
busca nos coloca no caminho que, com a graça de Deus, pode nos levar
àquela plenitude de vida que chamamos de santidade”.
“O esporte é uma fonte muito rica de valores e virtudes que nos ajudam a
melhorar como pessoas. Como o atleta durante o treinamento, a prática
esportiva nos ajuda a dar o melhor de nós, a descobrir nossos limites
sem medo e a lutar para melhorar a cada dia. Deste modo, todo cristão,
na medida em que se santifica, torna-se mais frutífero para o mundo”,
reforçou o Papa. O Santo Padre prosseguiu sua reflexão afirmando aos
esportistas cristãos que a santidade deve ser um esporte vivo como meio
de encontro, de formação, de personalidade, de testemunho e de
proclamação da alegria de ser cristão.
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“Que este documento produza frutos abundantes tanto no compromisso
eclesial como no cuidado pastoral do esporte, como para além da esfera
da Igreja. A todos os esportistas e agentes pastorais que se reconhecem
na grande ‘equipe’ do Senhor Jesus”, peço-lhe que orem por mim”,
concluiu Francisco.
Doutor Alexandre, escritor e coordenador geral do Movimento de Vida
Cristã no Peru, comentou a publicação do documento e os efeitos
positivos que ele causará em sociedade. “Esse ponto de encontro da
sociedade, que é o esporte, (…) deve ser esse jogo limpo, de torcermos
por um time, pela seleção, mas sempre priorizando o amor pelo próximo”. O
escritor encerrou: “É um convite da Igreja para que vivamos esta
unidade no corpo, na alma e no espírito”.
Notícia Reproduzida do portal Canção Nova, com Boletim da Santa Sé e informações de Lizia Costa
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