Cigarro eletrônico NÃO deve ser usado como tratamento contra o tabagismo
Produto é proibido no Brasil e em vários países.
O cigarro eletrônico é um dispositivo que tenta imitar, em
forma e função, um cigarro comum. Ele contém uma bateria e uma resistência que
aquece o líquido que está no seu interior e que contém nicotina. A pessoa
aspira da mesma forma como faz com o cigarro comum e expele vapor em vez de
fumaça. Mas esse vapor contém substâncias
tóxicas. Apesar de o cigarro
eletrônico ter menor concentração de nicotina e o usuário ficar exposto a uma
quantidade menor de substâncias tóxicas, isso não significa que ele não traz
riscos à saúde.
“A indústria tem disseminado a ideia de que esse produto é
uma alternativa que pode ser usada sem causar prejuízo à saúde das pessoas e,
em alguns países, tem sido recomendado no tratamento daqueles que querem
deixar de fumar, mas ele possui, inclusive, substâncias cancerígenas”, explica
o pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Elie Fiss.
O cigarro eletrônico não tem venda permitida no Brasil e
não há evidências de que ele possa ajudar no tratamento contra o tabagismo. “Ainda são necessários muitos estudos até
que se comprovem seus benefícios, mas é pouco provável que ele seja liberado,
já que contém substâncias prejudiciais à saúde que podem, inclusive, causar
câncer de pulmão. Além disso, é importante lembrar que a dependência à nicotina
permanece.”
Para quem quer deixar de fumar, existem várias ferramentas
disponíveis, como a reposição de nicotina por meio de adesivos, chicletes
ou gomas e alguns outros medicamentos que apoiam o paciente. Além disso, há
terapias comportamentais que também são úteis no combate ao vício.
O médico reforça que o tabagismo é uma doença e como tal
precisa ser tratada. Essas terapêuticas já estabelecidas têm mostrado bons
resultados ao longo dos anos. “Estudos mostram também que a prática de
atividade física é uma importante aliada no combate ao cigarro, diminuindo o
risco de recaídas.”
“Não há controle sobre o uso do cigarro eletrônico, como
acontece com outras terapias antitabagismo, nas quais o médico pode controlar a
dose de nicotina usada pelo paciente conforme ele evolui no tratamento. Com o
dispositivo eletrônico a pessoa fuma o quanto quiser. Quais resultados poderia
ter esse tipo de terapia?”, questiona o especialista.
Caso queira iniciar um tratamento antitabagismo, procure um
profissional especializado que dê orientações sobre como deixar de fumar, o que
fazer nos primeiros dias, como resistir à vontade de acender o cigarro e sobre
a síndrome de abstinência.
Fonte / Reproduzido:
https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/noticias/cigarro-eletronico-nao-deve-ser-usado-como-tratamento-contra-o-tabagismo
Comentários
Postar um comentário